Ok, chegamos provavelmente na aula mais importante do curso.
Se tem uma coisa que eu quero que você se lembre do A2, é do CEP+R. Mas, afinal de contas, o que é isso?
CEP+R é uma sigla que eu criei junto com meu amigo Conrado Schlochauer. Não me lembro exatamente quando, acredito que foi em 2016 ou 2017, em alguma de nossas muitas trocas intelectuais pelo Whatsapp.
CEP+R significa Conteúdos, Experiências, Pessoas e Redes. A partir desses 4 caminhos (ou fontes, como também gostamos de dizer), qualquer pessoa é capaz de aprender qualquer coisa.
Eu e o Conrado utilizamos o CEP+R como base de muitos de nossos programas de aprendizagem autodirigida. Mais importante que isso, usamos esse modelo também no nosso aprendizado pessoal.
O primeiro insight essencial a partir do CEP+R é que aprender é muito mais do que apenas "adquirir" conteúdo.
Além disso, como vimos, a "aquisição" de uma informação ou conhecimento não é algo neurologicamente possível, uma vez que coconstruímos a realidade a partir de nossas próprias estruturas cognitivas, emocionais e biológicas.
A seguir, vou te explicar melhor cada uma das fontes do CEP+R.
Conteúdos podem ser acessados por meio de livros, blogs, artigos (científicos ou não), revistas, jornais, vídeos, podcasts, redes sociais, dentre outros formatos. É o caminho mais enfatizado pelos anos e anos que passamos na educação tradicional, e é por isso que, ao aprender, muitos de nós temos dificuldade em utilizar as outras fontes.
A invenção da internet e dos motores de busca online, em especial o Google, e o surgimento das redes sociais alteraram profundamente nossa relação com os conteúdos.
Se antes o desafio era encontrar escassas fontes de conteúdo, hoje é o oposto: conseguir lidar com o excesso de informações disponíveis, muitas delas de baixa qualidade e confiabilidade, e também com a disputa pela nossa atenção por parte das diversas mídias e plataformas existentes.
Um dos principais meios de acessar conteúdo continua sendo a leitura – no papel ou na tela. Se for ler, o melhor para favorecer a retenção das informações é não se contentar apenas com uma leitura passiva. Ou seja: sempre que quiser aproveitar melhor o que leu, faça destaques em trechos, crie resumos, dialogue mentalmente com o autor, escreva suas reflexões com suas próprias palavras e compartilhe essas reflexões com outras pessoas.
Além da leitura, existem muitos outros tipos diferentes de conteúdo a serem explorados. A lista abaixo traz vários exemplos de fontes de conteúdo não óbvias para te ajudar a diversificar.
O Medium é um espaço para autores e pessoas escreverem e publicarem conteúdos. É como se fosse um conjunto de “revistas” digitais sobre inúmeros temas, e o foco é a escrita profunda.
Além de ser uma das minhas plataformas preferidas para escrever, o Medium é uma fonte rica de conteúdos interessantes. A plataforma atualmente é paga, mas permite que você leia alguns artigos gratuitamente por mês. Para escrever, não é cobrado nada.
O Quora é uma plataforma de perguntas e resposta sobre inúmeros temas. Você pode criar uma pergunta baseada em algo que gostaria de aprender ou navegar nas perguntas e respostas já criadas, além de votar nas melhores respostas para cada pergunta.